12 de jul. de 2013

Desafios



Eu faço versos como quem
Dirige em terra estrangeira.
A imagem turva da estrada limpa
Suja a estrofe trôpega que
Congela a alma.
Sem noção de espaço sigo
Alheia a próxima curva.

Eu faço versos como quem
Não sabe aonde vai, mas insiste.
A procura do dito certo, da inusitada rima
Sela o destino torto que
Asfixia o corpo
A brusca freada desacelera
O verso aqui, já sem sentido.

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